Olha a cobraaaaa! É mentiraaaaaaa!

É Junho! Mês de nossas tradicionais festividades juninas. É tempo de quentão, leite de onça, canjiquinha e muita, muita mulher banguela! Cada comunidade prepara suas próprias festas, suas quadrilhas, suas musicas (que são sempre as mesmas) e suas comidas. O povo ensaia e bebe muito. Até as crianças entram na dança, toda semana tem um pirralho batendo em sua porta vendendo ingresso ou uma rifa valendo um “Kit frango assado” pra quadrilha de sua escola. As mães orgulhosas comparecem, um clima de alegria permanece no ar, clima esse totalmente diferente daquele clima dos ensaios, onde mães orgulhosas se esbofeteavam para garantir que suas filhas fossem as “noivinhas” da festa.

As comunidades rurais da cidade são as responsáveis pelas maiores e melhores festas juninas, A do bairro Três Vendas e do Bom Sucesso são consideradas as maiores da cidade de Guarani... Foi no Bom Sucesso, inclusive, que no ultimo sábado (20/06/2009) eu fui conferir a tal festa: Tava um friiiiiiiiiooooooo, uma poeiraaaaaada, que eu cheguei lá cuspindo “picolé de tijolo”! Mas depois de uma verdadeira odisséia, enfim cheguei ao local da festa, são e salvo, pelo menos até decer da moto!

A festa estava animada, uma dupla tocava e cantava suas canções onde o que menos importava era a letra da canção e sim o ritmo dela, ritmo esse que foi o mesmo a noite inteira.

Pra espantar o frio as pessoas se dividiam em um cardápio variado que ia de quentão a conhaque com mel, um luxo!Estava eu, pobre moço afim de curtir o “erudito” som da dupla, quando fui abordado por uma moça, digamos de beleza “exótica” da redondeza e de redondas curvas, que cutucou em meu ombro, deslocando-me discretamente por uns quinze metros. Ela era um tipo de mulher “delicada”, alta, forte, peluda e com um bafo que denunciava a sua presença a pelo menos dezesseis quilômetros de distancia, no seu campo bucal só se via os dois laterais, o resto do time de dentes estava desfalcado. Docemente a “donzela as avessas” prosseguiu com o seguinte dialogo para comigo:

Moça: Oi!
Gustavo: Oi!
Moça: Sabia que eu “gradei do cê”?
Gustavo:A é? (Pensei comigo: Jesus! Um monte de gente por ai essa mulher vem implicar justo comigo!)
Moça: Como cê chama?
Gustavo: Gustavo Mendes.
Moça: O nome é “bunito” igual a pessoa...
Gustavo: Esse é o meu natural.
Moça: Cê num vai querer saber meu nome não?
Gustavo: Se você quiser falar, pode falar!
Moça: Me chamo Zé Olinda!
Pensei comigo: “Zé Olinda? Uma mulher feia igual aquela deveria se chamar Zé HORRIVEA!”
Moça: Aqui moço, eu tenho que ir embora, porque eu tenho que trabaiá amanhã cedo!
Pensei comigo de novo: Cedo? Pra mim essa mulher pegava no cemitério pra assustar os outros só depois da meia noite!
Moça: Então já vou indo cê me add no seu Orkut e MSN!
Gustavo: Pode deixar dona que depois eu te dou uma “adedada” lá!

Mas enfim, contratempos à parte, manter as festividades tradicionais é o que há de mais romântico, poético e divertido em nossa terrinha amada, Guarani!